Componentes do grupo

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

20 curiosidades literárias que você precisa saber



 curiosidades-literarias


Uso de drogas, acidentes de automóveis, mentiras, manias estranhas, livros proibidos e autores famosos que venderam tudo para publicar o primeiro livro reunidos em 20 curiosidades sobre literatura e autores. Confira a lista agora!

1- Aldous Huxley, autor do clássico Admirável Mundo Novo, narrou suas experiências com alucinógenos num livro chamado As Portas da Percepção. Aliás, o nome do grupo de rock The Doors foi inspirado no livro As Portas da Percepção.

2- Também foram as drogas (em especial o ópio e haxixe) que inspiraram o poeta Charles Baudelaire a escrever Os Paraísos Artificiais, uma reflexão sobre o uso de substâncias alucinógenas.

3- Baudelaire e Huxley não foram os únicos nem os últimos a passar as experiências com drogas para o papel. O escritor Paulo Mendes Campos certa vez escreveu um relato sobre experiências com alucinógenos que foi extremamente elogiado pela crítica. Para escrever sobre o assunto, o escritor brasileiro experimentou LSD sob a supervisão médica de um amigo. Seus pontos de vista e observações estão no ensaio Experiências com LSD, publicado pela primeira vez no começo dos anos 1960.

4- No início da carreira, o escritor George Bernard Shaw teve que ser sustentado pela mãe por que não conseguia vender seus livros.

5- O primeiro acidente de automóvel no Brasil foi causado pelo poeta Olavo Bilac. Ele bateu numa árvore em 1897.

6- Lolita, de Vladmir Nabokov, teve a princípio sua publicação recusada. O romance era tido como tão controverso que apenas uma editora (Olympia Press) o quis publicar. Três anos depois, quando o livro já era um hit, outras invejosas mudaram de ideia.

7- O poeta português Fernando Pessoa tinha o hábito de escrever sob diversos pseudônimos, cada um com um estilo e uma biografia próprios. Ente os pseudônimos adotados estão Ricardo Reis, Alberto Caieiro e Álvaro de Campos.

8- O monstro em Frankenstein não tem nome. Na verdade, Frankenstein é o nome do cientista que criou o monstro.

9- J.K. Rowling escreveu todos os livros do Harry Potter à mão.

10- Virginia Woolf, Goethe e Hemingway tinham o hábito de escrever em pé.

11- José Lins do Rego era fanático por futebol. Chegou a ocupar um cargo na diretoria do Flamengo, no Rio de Janeiro. Nelson Rodrigues, outro fanático por futebol, afirmou uma vez que “O videoteipe é burro”, quando ficou provado pênalti contra o seu Fluminense.

12- Manuel Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez anos, numa viagem de trem. Na velhice, confessou: “era mentira”. Tinha inventado a história para impressionar os amigos.

13- O primeiro volume de Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, foi publicado às custas do próprio autor, uma vez que havia sido recusado por diversas editoras.

14- O poeta Carlos Drummond de Andrade publicou o seu primeiro livro, com tiragem de 500 exemplares, com o dinheiro do próprio bolso.

15- Foi com suas últimas economias que o escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez publicou sua obra-prima Cem Anos de Solidão. A primeira tiragem de oito mil exemplares se esgotou em 15 dias.

16- O poeta chileno Pablo Neruda só conseguiu publicar seu primeiro livro, Crepusculário, depois de vender todos os seus bens para financiá-lo.

17- Dom Quixote, obra-prima do espanhol Miguel de Cervantes, obteve um sucesso tão grande na época da sua publicação que um anônimo escreveu uma segunda parte do romance.

18- O primeiro romance do mundo foi escrito em 1007 por uma mulher, Murasaki Shibiku, A história de Genji conta as aventuras de um príncipe que procura amor e sabedoria.

19- Monteiro Lobato é o autor da frase “um país é feito de homens e livros”. O escritor revolucionou o mercado literário em uma época em que o Brasil tinha poucas livrarias. Seus livros eram vendidos em mercearias, armazéns e farmácias, fomentando de maneira criativa a cultura em nosso país.

20- O Dia do Livro Infantil é lembrado em 18 de abril (aniversário de Monteiro Lobato).

Fonte:  http://publiki.me/20-curiosidades-literarias-que-voce-precisa-saber/

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

No meio do Caminho


No meio do caminho tinha uma pedra 
tinha uma pedra no meio do caminho 
tinha uma pedra 
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento 
na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho 
tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho 
no meio do caminho tinha uma pedra.
Autor: Carlos Drummond de Andrade


terça-feira, 28 de junho de 2016

Características literárias de Angola

Há uma tendência comum em considerar a literatura angolana como uma das mais consolidadas. E, de facto, podemos dizer que é verdade. O grande talento de muitos escritores angolanos, a diversificação de temas, estilos, géneros literários cultivados, e o próprio “movimento” da literatura angolana faz com que se configure realmente como um sistema literário consolidado. Se por um lado tudo isso não está em questão, por outro, acho que há outros factores também que incidem neste tipo de avaliação. Um deles é a grande atenção geralmente dada, nos estudos literários e culturais, às obras de ficção, de que a literatura angolana nos dá exemplos brilhantes. Isto não raras vezes tem implicado darmos escassa atenção a outras formas de escrita literária.


Fonte: http://www.buala.org/pt/a-ler/a-literatura-angolana-e-das-mais-consolidadas

Meu Amor da Rua 11

   




Tantas juras nós trocámos, 
Tantas promessas fizemos,
Tantos beijos nos roubámos
Tantos abraços nós demos.

Meu amor da Rua Onze,
Já não quero
Mais mentir.
Meu amor da Rua Onze,
Meu amor da Rua Onze,
Já não quero
Mais fingir.

Era tão grande e tão belo
Nosso romance de amor
Que ainda sinto o calor
Das juras que nós trocámos.

Era tão bela, tão doce
Nossa maneira de amar
Que ainda pairam no ar
As vezes promessas, que fizemos.

Nossa maneira de amar
Era tão doida, tão louca
Qu´inda me queimam a boca
Os beijos que nos roubámos.

Tanta loucura e doidice
Tinha o nosso amor desfeito
Que ainda sinto no peito
Os abraços que nós demos.

E agora
Tudo acabou
Terminou 
Nosso romance
Quando te vejo passar
Com o teu andar
Senhoril,
Sinto nascer
E crescer
Uma saudade infinita
Do teu corpo gentil
de escultura
Cor de bronze
Meu amor da Rua Onze. 



Autor: Aires Almeida dos Santos

Fonte: http://www.lusofoniapoetica.com/artigos/angola/aires-almeida-santos/meu-amor-rua-onze.html

Literatura em Língua Portuguesa em Angola

O português angolano é um conjunto de dialetos da língua portuguesa maioritariamente usado em Angola.
De todos os países africanos, Angola é o país onde a percentagem de falantes de português como primeira língua é a maior: em todo o país, cerca de 71% dos quase 25,8 milhões de habitantes falam português. Há, portanto, mais falantes de português em Angola do que em Portugal; Angola é o segundo país com maior número de pessoas lusófonas, atrás apenas do Brasil.
Autores e Obras...
Agostinho Neto (1922 - 1979)
Nasceu em Kaxicane, região de Icolo e Bengo, em 17 de Setembro de 1922. Fez os estudos liceais em Luanda. Formou-se em Medicina em Portugal. Colaborou em diversas publicações periódicas em Angola, Portugal e Brasil. Foi por diversas vezes preso pela política portuguesa.

Depois da sua evasão de Portugal em 1962, junta-se a Mário Pinto de Andrade e Viriato da Cruz que dirigiam já o MPLA, passando a ser desde essa data o Presidente. Foi o primeiro Presidente da República de Angola cuja independência proclamou em 11 de 1975.
Foi galardoado com o Prémio Lotus e Prémio Nacional de Literatura.
Morreu em 10 de Dezembro de 1979. Publicou Náusea (1952) Quatro Poemas de Agostinho Neto (1957), Poemas (1961), Com Olhos Secos edição bilingue português / italiano (1963), Sagrada Esperança (1974), A Renúncia Impossível (edição póstuma 1982), Poesia (edição póstiuma, 1998).


Aires Almeida dos Santos(1922-1991)
Nasceu em 1922 no Chinguar, província do Bié. Passou a infância em Benguela e a adolescência no Huambo. Em Benguela fez os estudos primários e no Liceu do Lubango concluíu o 7º ano.

Exerceu jornalismo em Luanda, tem colaboração literária dispersa nos vários jornais publicados em Angola, como Jornal de Benguela, Jornal de Angola e A Província de Angola. Morreu em 1991, na cidade de Benguela. Publicou: Meu Amor da Rua Onze (1987).

António Jacinto (1924 - 1991)
Nasceu no Golungo Alto, em 28 de Setembro de 1924. Fez os estudos liceais erm Luanda. Foi preso e condenado em 1960, tendo cumprido a pena de prisão no campo de concentração do Tarrafal (1960 -1972). Desde 1972 foi-lhe fixada residência em Lisboa e em regime de liberdade condicional, por cinco anos. Em 1973 evadiu-se de Lisboa, tendo ido juntar-se à guerrilha em Brazzaville. Foi Ministro da Cultura de 1975 a 1978 Morreu em 23 de Junho de 1991.

Publicou Poemas (1961), Vôvô Bartolomeu (1979), Poemas (1982, edição aumentada), Em Kilunje do Golungo (1984), Sobreviver em Tarrafal de Santiago (1985; 2ªed.1999), Prometeu (1987), Fábulas de Sanji (1988).

Arrebatou vários prémios, nomeadamente Prémio Noma, Prémio Lotus da Associação dos Escritores Afro-Asiáticos e Prémio Nacional de Literatura.

Fonte 1: https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugu%C3%AAs_de_Angola
Fonte 2: http://www.embaixadadeangola.org/cultura/literatura/autores.html

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Declaração de amor de 1980

 

 

 http://s2.static.brasilescola.uol.com.br/img/2015/02/livro-minha-vida-com-o-poeta.jpg

Soneto do amor total


AMO-TE TANTO, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, como grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo, de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.


Fonte:  http://www.citador.pt/poemas/soneto-do-amor-total-vinicius-de-moraes

Declaração de amor atual

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Modernismo Brasileiro

Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três… trinta e três… trinta e três…
— Respire.
— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

-Manoel Bandeira


fonte: http://www.revistabula.com/564-os-10-melhores-poemas-de-manuel-bandeira/

Semana da Arte Moderna







 https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/76/Victor_Brecheret_-_Ave_Maria_1_(T%C3%BAmulo_Fam%C3%ADlia_Scuracchio).JPGhttp://portalarquitetonico.com.br/wp-content/uploads/a0744.jpg

A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro, teve como principal propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente brasileira, embora em sintonia com as novas tendências europeias, essa era basicamente a intenção dos modernistas.
Durante uma semana a cidade entrou em plena ebulição cultural, sob a inspiração de novas linguagens, de experiências artísticas, de uma liberdade criadora sem igual, com o conseqüente rompimento com o passado. Novos conceitos foram difundidos e despontaram talentos como os de Mário e Oswald de Andrade na literatura, Víctor Brecheret na escultura e Anita Malfatti na pintura.



 fonte: http://www.infoescola.com/artes/semana-de-arte-moderna/